A EDP teve lucros recorde de 0,26 euros por ação nos primeiros nove meses de 2024, uma subida de 14,5% face a igual período de 2023.
Apesar dos menores ganhos com a rotação de ativos, o grupo beneficiou do bom desempenho da atividade de redes de eletricidade no Brasil (42% dos lucros), graças também ao sucesso da OPA sobre a EDP Brasil, e da recuperação da produção hídrica no mercado ibérico, que mitigou a queda dos preços grossistas de eletricidade.
No total, o EBITDA subiu 2%. Ao nível financeiro, o resultado piorou 3% devido ao aumento da dívida líquida média.
A ofuscar estes resultados positivos, a EDP anunciou a sua saída da Colômbia, devido a grandes atrasos nos projetos, o que implicará perdas não recorrentes de 500 ME (0,12 euros por ação). Contudo, a política de dividendos não será afetada.
A cotação tem sido afetada, sobretudo, pela fraca visibilidade da atividade nos EUA, principal mercado do grupo nas energias renováveis, onde Trump deverá restringir novos projetos de energia eólica. Mas, a longo prazo, a aposta da EDP nas energias renováveis é positiva e está em linha com a tendência do setor.
Prevemos lucros por ação de 0,29 euros em 2025 (0,31 antes) e de 0,31 em 2026.
As perdas assumidas na Colômbia e sobretudo as menores perspetivas no mercado americano pesam na cotação, apesar do resultado trimestral positivo. Pode comprar.