Gilead: mudança de conselho
Publicado em: 15 novembro 2024Autor: Análise da equipa internacional de analistas da Euroconsumers
Autor: Análise da equipa internacional de analistas da Euroconsumers
2023 foi marcado pela queda nas vendas do Veklury (covid), mas 2024 também trouxe desafios para a Gilead. A desilusão com os resultados do Trodelvy (tratamento do cancro pulmonar mais comum), projeções demasiado modestas e pesadas depreciações registadas no primeiro trimestre (aquisição da CymaBay Therapeutics) pressionaram a cotação.
Contudo, desde meados de junho, a tendência inverteu-se. Por um lado, boas notícias reforçaram o potencial de vendas do Lenacapavir, tratamento contra o VIH (comercializado sob a marca Sulenca), cujas vendas, embora ainda reduzidas, podem ser um importante motor de crescimento para a Gilead.
Por outro lado, os resultados dos últimos dois trimestres superaram as expectativas. No terceiro trimestre, as vendas cresceram 7%, impulsionadas pelo Biktarvy para o VIH (+13%) e do portfólio oncológico (+6%).
Com base neste desempenho, a Gilead reviu em alta as suas projeções para 2024, estimando agora vendas entre 27,8 e 28,1 mil milhões de dólares (antes 27,1 a 27,5) e um lucro por ação ajustado de 4,25 a 4,45 dólares (antes 3,6 a 3,9).
Nos últimos anos, a Gilead fortaleceu a carteira de produtos, estratégia que começa a dar frutos. No entanto, desde setembro, a ação já valorizou cerca de 15%. Deixamos de aconselhar novas compras, mas pode manter em carteira.