O lucro da Galp subiu 11% até setembro, para 1,32 euros por ação, em linha com o previsto, a beneficiar sobretudo de um menor nível de amortizações e impostos. Sem o efeito contabilístico da valorização dos stocks e fatores não recorrentes, o lucro aumentou 24%, para 1,17 euros.
A nível operacional, o volume de negócios cresceu 5,5%, mas o EBITDA recorrente desceu 8% devido à descida de 10% da produção de petróleo e gás, à queda de 33% da margem de refinação e à quebra de 52% do preço de venda da energia renovável.
A nível financeiro, o resultado piorou devido a mais juros suportados e a resultados negativos das empresas associadas. Porém, a dívida líquida subiu apenas 5% e mantém-se baixa.
Na Namíbia, a entrada de um parceiro com capacidade financeira e dimensão para o consórcio petrolífero, liderado a 80% pela Galp, foi adiada para o final de 2025, o que gera mais alguma incerteza, apesar dos benefícios do projeto.
O clima setorial é menos favorável, com preços do petróleo e margens de refinação mais baixas, mas mantemos as previsões de lucros por ação de 1,49 euros em 2024, 1,33 em 2025 e 1,36 euros em 2026.
Conselho
Os resultados foram bons mas a conjuntura setorial piorou e há mais incerteza devido à volatilidade do preço do petróleo e à falta de novidades em relação ao projeto na Namíbia, que, todavia, assegura um bom crescimento futuro à Galp. Mantenha o título.