O lucro da EDP Renováveis (EDPR) caiu 52,8% até setembro, para 0,20 euros por ação, um valor inferior ao esperado. Em causa está sobretudo a redução de 54% dos ganhos com vendas de ativos e impactos negativos em projetos na Colômbia.
Apesar das receitas e da produção terem subido 5% com a subida de 11% da capacidade, o EBITDA caiu 9% (+7% sem ganhos com a rotação de ativos). Mas mais do que os resultados, foi a eleição de Trump que penalizou a cotação, prevendo-se menos apoios ao setor, em especial na energia eólica offshore (mar).
A EDPR manterá a forte aposta nos EUA, onde a procura de eletricidade continuará a subir a bom ritmo devido aos centros de dados, criptomoedas e indústria…, mas o crescimento da EDPR nos EUA poderá abrandar e ter implicações no plano estratégico a apresentar em 2025.
A previsão de um ritmo mais lento no corte de taxas de juro pela Fed é mais um fator de pressão. Em suma, a curto prazo há nuvens no horizonte mas já estão incorporadas na cotação, que negoceia a níveis atrativos, apesar de baixarmos as estimativas de lucros por ação, de 0,40 para 0,32 euros, em 2024 e de 0,56 para 0,48, em 2025. Em 2026, prevemos 0,55.
Conselho
A eleição de Trump poderá travar o crescimento da EDPR nos EUA mas, a longo prazo, o grupo beneficiará do forte crescimento das renováveis, estando bem posicionada no mercado. Pode comprar.