Apesar da subida de 10,7% das receitas, estimuladas pelo negócio de Expresso e Encomendas (EeE; +44%), os lucros dos CTT desceram 21,9% até setembro, para 0,20 euros por ação, um valor um pouco abaixo do previsto. Em causa está a forte descida na colocação de produtos de dívida pública.
No Correio, as receitas aumentaram 3,2%, apesar da queda do tráfego, mas a inflação dos custos afetou os lucros, ao passo que o Banco CTT manteve o crescimento da atividade e a subida (ligeira) da margem financeira. No total, o lucro operacional diminuiu 16% devido ao aumento dos custos com a expansão da atividade e com salários.
No 3.º trimestre, o EeE fixou recordes de volume, receitas e margem, muito graças às parcerias com as chinesas Temu e Shein, sendo previsível novo recorde no 4.º trimestre, apesar de haver o risco da Comissão Europeia limitar as compras nestas plataformas.
A colocação de dívida pública também está a recuperar devido ao aumento dos limites de subscrição e, no Banco CTT, a entrada da Generali no capital ocorrerá em breve e a venda de seguros na rede CTT já está em marcha. Prevemos agora lucros por ação de 0,30 e 0,35 euros em 2024 e 2025 (0,32 e 0,36 antes) e 0,38 em 2026.
Conselho
Apesar de alguns aspetos menos bons nos resultados, a atividade Expresso e as encomendas têm dado sinais encorajadores e será o motor de crescimento futuro dos CTT. Mantenha.