O volume de negócios atingiu os 670 milhões de euros, um aumento de 11,4%. Este crescimento foi impulsionado pela procura global favorável, particularmente no segmento de pasta de papel Hardwood.
O EBITDA cresceu 84,6% para os 180 milhões de euros. Com uma margem EBITDA de 26,9%, um aumento de 10,7 pontos percentuais em relação ao período homólogo. Além do aumento dos preços de venda, também a redução dos custos totais em 2,8% contribuiu para a melhoria da margem.
No que respeita aos lucros, o resultado líquido mais do que triplicou (+216,7%) em relação ao mesmo período do ano anterior, ascendendo a 89,6 milhões de euros (0,44 euros por ação). Também em relação à dívida, as notícias são boas, uma vez que houve uma redução significativa da dívida líquida para 250 milhões de euros, uma descida de 107 milhões face ao final de 2023.
No entanto, nem tudo são rosas. Prevê-se o abrandamento da procura na China e uma possível correção dos preços da pasta de papel no curto prazo. Além disso, o projeto Gama, na Galiza, permanece em tramitação para obtenção da licença ambiental. Há cada vez mais dúvidas em relação ao projeto, e a probabilidade de não se vir a concretizar parece estar a aumentar.
Revemos em alta as estimativas de lucros por ação para 0,56 euros em 2024 (antes 0,40) e 0,46 euros em 2025 (antes 0,39).
Conselho
Apesar dos resultados positivos, a provável correção dos preços de pasta de papel nos mercados, nos próximos meses, e a possibilidade de cancelamento do projeto na Galiza são riscos demasiado significativos para ignorar. Não alteramos o nosso conselho de venda da ação.