A GreenVolt voltou a desiludir ao divulgar prejuízos de 0,12 euros por ação no 1.º semestre, um valor pior do que o previsto. É certo que a empresa não fez vendas de ativos, pilar importante da sua estratégia, mas os resultados foram fracos, afetados pelo baixo preço da eletricidade no Reino Unido, por impactos negativos não recorrentes, e pelo aumento dos custos inerentes à fase de investimento em que a empresa se encontra (0,8 GW de ativos em construção e início de projetos de geração distribuída em 6 países). Assim, apesar do aumento de 42% das receitas (base comparável), o EBITDA caiu 40%.
No 2.º semestre, os resultados deverão melhorar com vendas de ativos (do pipeline de 9,3 GW, quer vender 0,5 GW), a aceleração do ritmo de execução na geração distribuída e investimentos de otimização na biomassa. Além disso, o controlo da empresa pela KKR ajudá-la-á a desenvolver-se e a ganhar músculo financeiro.
A OPA da KKR decorre até 24 de outubro ao preço de 8,3107 euros por ação. Dado que já tem 84,9% do capital, a saída de bolsa do título é provável, pois se atingir os 90%, a KKR fará uma OPA potestativa. Baixámos as previsões de lucro por ação de 0,23 para 0,11 euros em 2024 e de 0,42 para 0,36 em 2025.
Os resultados mantêm-se fracos embora devam recuperar já no segundo semestre. Contudo, face à OPA da americana KKR, o título perdeu interesse. Se ainda tem, aceite a oferta.