A Galp só divulga resultados no dia 28 de outubro, mas já apresentou alguns dados operacionais da sua atividade no terceiro trimestre, que refletem a conjuntura menos favorável do setor energético.
O preço do petróleo desceu 7% face ao período homólogo de 2023 e a margem de refinação do grupo diminuiu 68% e acentuou a queda do segundo trimestre. Reflexo da venda de algumas atividades (Angola e Moçambique) mas também de um recuo no Brasil, a produção de ouro negro caiu 10%. Dados mais positivos só no segmento Comercial, com as vendas de produtos petrolíferos, gás natural e eletricidade a subirem 1%, 18% e 88%.
Nas Renováveis, a capacidade instalada do grupo cresceu apenas 11% num ano e o preço da eletricidade baixou 38%, refletindo as dificuldades conjunturais do setor (baixos preços de eletricidade e atrasos nos projetos…) e a menor aposta da Galp neste segmento, após a enorme descoberta de petróleo na Namíbia, que voltou a colocar o petróleo como a prioridade estratégica do grupo, apesar do retorno deste projeto estar previsto apenas a muito longo prazo. Por agora, mantemos a previsão de lucros por ação de 1,49 euros em 2024 e 1,33 em 2025.
Conselho
A descoberta na Namíbia voltou a colocar o foco da Galp no ouro negro, em detrimento das renováveis, apesar da conjuntura do setor já não ser tão favorável, como mostram os dados operacionais do terceiro trimestre.