Apesar de só apresentar resultados a 6 de novembro, a EDP Renováveis (EDPR) anunciou alguns dados sobre a atividade nos primeiros nove meses do ano, que não trouxeram surpresas. A produção de eletricidade cresceu 5%, a beneficiar da subida de 11% da capacidade instalada, para 16,8 GW, fruto do forte investimento na energia solar.
Por regiões, a América do Norte, principal mercado do grupo, foi o que mais cresceu (+19%), continuando a ser uma das grandes apostas do grupo, apesar do risco (que a EDPR desvaloriza) de, caso Donald Trump seja eleito, poder haver menos apoios às energias limpas.
Uma boa notícia é a recuperação dos preços da eletricidade, cujo baixo nível penalizou os resultados mais recentes.
Apesar do investimento nas renováveis estar a sofrer atrasos a nível global e de se recear uma descida mais lenta das taxas de juro nos EUA, a EDPR mantém um bom perfil de crescimento, e tem em construção 4,1 GW, sobretudo na Europa e nos EUA.
A curto prazo, o título poderá continuar sob alguma pressão, mas a longo prazo mantém potencial de subida. Mantemos a previsão de lucros por ação de 0,40 euros em 2024 e 0,56 em 2025.
A EDPR é uma empresa de qualidade, bem implantada no mercado e com uma estratégia correta, apesar da conjuntura do setor continuar a afetar o título, já que se receia um crescimento menos forte e um ritmo mais lento nos cortes de taxas. Invista a longo prazo.