O lucro da NOS subiu 84,6% no primeiro semestre, para 0,29 euros por ação, um valor acima das previsões. Na base estão sobretudo fatores não recorrentes, como os ganhos obtidos na venda de torres de telecomunicações à Cellnex e os gerados por uma decisão judicial relativa a taxas regulatórias. Ainda assim, sem estes fatores, o lucro subiu 18,6%.
A nível operacional, as receitas subiram 5,2%, com as Telecomunicações (+5,8%; 95% do total) a liderar, graças ao maior número de serviços subscritos e ao aumento das receitas empresariais.
No negócio de Audiovisuais e Exibição Cinematográfica, as receitas caíram 5,7% devido à falta de blockbusters.
O EBITDA total recorrente aumentou 5,5%. O resultado financeiro piorou 35,7% pelo aumento dos juros suportados, mas a NOS tem solidez financeira.
Apesar do contexto desafiante (entrada da romena Digi no mercado em breve, maturidade do setor…), a NOS tem obtido bons resultados, tem uma boa cobertura nacional da rede 5G e prevê melhorar a sua eficiência com a massificação da utilização da inteligência artificial.
Subimos a previsão de lucros por ação em 2024, de 0,34 para 0,42 euros, mas mantemos a de 2025 nos 0,31 euros.
Apesar da maturidade do mercado, a NOS é uma empresa de qualidade e tem conseguido crescer com bons resultados. O bom dividendo é outro atrativo do título. Pode manter.