A REN obteve lucros de 0,07 euros por ação no primeiro semestre, um valor que representa uma descida de 22,9% face a igual período do ano passado, mas que é um pouco superior ao esperado.
A queda dos resultados foi originada por dois fatores que mais do que anularam a diminuição do nível de impostos:
- redução de 2,7% do EBITDA, fruto da descida das taxas de remuneração dos ativos regulados em Portugal e da menor contribuição do mercado chileno, dado os proveitos não recorrentes em 2023.
- degradação de 65,7% dos resultados financeiros devido ao aumento do custo médio da dívida de 2,4 para 2,8% e a diferenças cambiais desfavoráveis.
O investimento subiu 21% graças aos projetos de ligação à rede elétrica de novos centros de produção de energia renovável e o seu aumento nos próximos anos é positivo pois dá algum dinamismo à atividade do grupo. Ao invés, o novo período regulatório do gás (2024-2027) é um pouco menos favorável ao nível das receitas, mas é um fator que já está incorporado nas previsões e na cotação.
Para 2024, subimos a previsão de lucros por ação de 0,16 para 0,17 euros, mas mantemos a de 2025 nos 0,17 euros.
Conselho
A queda dos lucros já era esperada e foi menor do que o previsto. A REN mantém-se como uma empresa sem um potencial de valorização muito elevado mas bastante estável e com um dividendo atrativo. Pode comprar.