A EDP anunciou uma subida de 75% dos lucros no primeiro semestre, para os 0,18 euros por ação, um valor acima do esperado, que reflete elevados ganhos com a rotação de ativos, sem os quais a subida do lucro recorrente seria de 15%, mas também algumas melhorias a nível operacional.
A produção de energia renovável cresceu 20%, graças à energia hidroelétrica em Portugal (+69%) e eólica e solar nos EUA (+13%), e o contributo do negócio de redes de eletricidade no Brasil aumentou após a OPA sobre a EDP Brasil em agosto de 2023, fatores que mais do que compensaram a queda de preços da eletricidade na Europa e a desconsolidação de ativos térmicos. No total, o lucro operacional subiu 24%.
A nível financeiro, os resultados pioraram 11% e a dívida líquida aumentou 14% no semestre, já que apesar do grupo ter reduzido o seu plano de investimento até 2026, este mantém-se ambicioso.
No segundo semestre, os resultados do grupo deverão voltar a beneficiar da venda de ativos, de alguma melhoria das condições de mercado e da descida ligeira das taxas de juro. Subimos um pouco as estimativas de lucros por ação de 0,30 para 0,32 euros em 2024, mas mantemos a previsão de 0,31 em 2025.
Conselho
O momento do setor das energias renováveis ainda não é o ideal mas a aposta firme do grupo neste setor é correta e a descida das taxas de juro beneficiará os planos da EDP. Compre.