O lucro dos CTT caiu 23,9% no primeiro semestre, para os 0,14 euros por ação, um valor em linha com o que prevíamos. A nível operacional, as receitas subiram 9,2%, a beneficiar do forte crescimento do Expresso & Encomendas (+49%) mas também do Banco CTT (+2,6%) e Correio (+3,6%). Ao invés, as receitas caíram 76% nos Serviços Financeiros, fruto da muito menor subscrição de produtos de dívida pública. O lucro operacional caiu 17,4%, devido ao aumento dos custos relativos à expansão da atividade e a salários.
A fraca atratividade dos produtos de dívida pública poderá continuar a pesar nos resultados dos Serviços Financeiros no segundo semestre. Pelo contrário, o Expresso & Encomendas, cujas receitas já representam 40% do total, deverá continuar a crescer a bom ritmo e a ganhar quota de mercado. No banco CTT, a entrada da seguradora Generali no capital, com uma posição de 8,7%, poderá ocorrer até ao final do ano via aumento de capital e poderá ajudar a rentabilizar a rede de lojas do grupo com a comercialização de novos produtos.
Mantemos as estimativas de lucros por ação de 0,32 euros em 2024 e de 0,36 euros em 2025.
Conselho
Apesar da deceção nos Serviços Financeiros, o crescimento do Expresso e Encomendas, que é a grande aposta estratégica dos CTT graças ao forte crescimento do comércio eletrónico, é muito positivo. Pode manter.