No primeiro semestre o BCP alcançou lucros de 0,032 euros por ação, um crescimento de 14,7% face ao período homólogo do ano passado. Um valor que ficou um pouco acima do que esperávamos, beneficiando sobretudo da manutenção das taxas de juro em níveis elevados.
Na base da atividade bancária a margem financeira cresceu 1,7%, enquanto as comissões aumentaram 2,3%. Já os custos operacionais aumentaram 10,3% (+3,1% em Portugal e +19% nas operações internacionais) com os encargos de pessoal a crescerem 10,3%.
Contudo, os custos com imparidades baixaram 29,7% graças à diminuição das imparidades para crédito (-33,3%), enquanto as provisões diminuíram 28,6%, graças também às menores provisões para riscos legais com os créditos hipotecários concedidos em francos suíços até 2008 pelo Bank Millennium (detido pelo BCP a 50,1%) na Polónia.
Conselho
A conjuntura de juros elevados irá continuar a beneficiar os lucros da banca, embora se preveja uma descida das taxas diretoras nos próximos meses. Tendo em conta os bons resultados do primeiro semestre, revemos em alta as nossas estimativas de lucros por ação para 0,061 euros em 2024 (antes 0,053 euros) e para 0,062 em 2015 (0,056 antes). Mantenha o título em carteira.