O volume de negócios da Sonae cresceu 11,1%, estimulado pelos negócios de retalho, Modelo Continente (+9,4%) e Worten (+9,3%) e apesar do EBITDA ter subido 12,8% e do contributo positivo da NOS (detida a 37,4%), o grupo foi afetado pela subida das amortizações devido ao investimento feito, ao aumento dos juros suportados em consequência das taxas de juro mais altas e pelo maior nível de impostos.
O NAV (valor líquido dos ativos) subiu 2% no trimestre, para 4,6 mil ME, superando em 2,6 vezes a capitalização bolsista do título, que está a cotar a rácios atrativos.
Com a compra, no primeiro semestre, da finlandesa Musti e da francesa Diorren, a Sonae reforça a sua internacionalização e o potencial de crescimento em áreas mais promissoras, como a food tech e a alimentação saudável.
Porém, o grupo não deverá fazer novas aquisições de grande dimensão para não se endividar muito e manter a estrutura financeira sólida. Integrando a Musti, estimamos lucros por ação de 0,13 euros em 2024 e 0,15 em 2025 (0,11 e 0,12 euros antes).
Os resultados trimestrais não trouxeram surpresas e a Sonae prossegue a estratégia de aposta em setores promissores, apesar do retalho continuar a ser a galinha dos ovos de ouro. O título está barato, compre.