As receitas totais da Impresa aumentaram 0,7% para os 86,6 milhões de euros (ME). Este crescimento vem do segmento televisivo, com a SIC a gerar receitas de 74,6 milhões de euros, representando um incremento de 1,7% em relação ao período homólogo. Em contrapartida, a área de publishing registou uma queda de 7,2% nas receitas, situando-se nos 11,2 milhões de euros.
Os custos operacionais da Impresa diminuíram 1,2%, fixando-se em 82,1 milhões de euros. Esta redução, aliada ao aumento das receitas, contribuiu para uma melhoria significativa no EBITDA, que subiu 57,7% para 4,5 milhões de euros.
Apesar das melhorias operacionais, o resultado líquido manteve-se negativo em 4 milhões de euros (-0,024 por ação). É o mesmo valor registado no primeiro semestre de 2023, sobretudo devido aos custos financeiros.
A Impresa demonstrou melhorias operacionais significativas no primeiro semestre de 2024. No entanto, nenhum dos segmentos de negócio apresenta perspetivas positivas. Na TV não há grande margem de crescimento e até pode ser difícil manter as receitas atuais tendo em conta a concorrência da TVI. No publishing a tendência decrescente nas receitas, transversal a todo o setor, continua a revelar-se quase impossível de reverter. Por fim, os investimentos no digital não se revelam, pelo menos para já, capazes de sequer gerar lucros, quanto mais compensar as dificuldades dos outros segmentos.
Conselho
Perante este cenário, revemos em baixa as nossas previsões de lucro. Esperamos agora resultados negativos de -0,01 euros em 2024 (0,007 euros anteriormente) e de -0,007 euros em 2025 (antes 0,01). Não alteramos o conselho de venda que emitimos em março.
Além disso, como já havíamos comunicado, dada a pequena capitalização bolsista de 22 ME e as fracas perspetivas para os resultados, vamos deixar de acompanhar a Impresa. Se tem ações da Impresa, venda e procure empresas com melhores perspetivas em setores mais auspiciosos. Consulte as nossas recomendações de compra.