Mesmo sem um ganho não recorrente, decorrente de uma decisão judicial favorável relativa a taxas regulatórias, o lucro da NOS subiu 30,6% para 0,09 euros por ação.
A estimular os lucros esteve a melhoria do desempenho operacional, com as receitas a subirem 5,7%, graças a um maior número de serviços subscritos e ao aumento do número de bilhetes de cinema vendidos (+14,7%), e o EBITDA a cresceu 6,3%. O aumento das taxas de juro penalizou os resultados financeiros, que tiveram uma deterioração homóloga de 72,8%.
Passada a fase de forte investimento em 5G, a NOS procura agora explorar as potencialidades desta tecnologia, com a criação de novos produtos e serviços. Porém, subsistem dúvidas quanto à sua adequada rentabilização e a entrada da Digi no mercado nacional, prevista para o final do ano, será um fator adicional de pressão, num mercado já maduro e que não tem grande espaço de crescimento.
Subimos as nossas previsões de lucros por ação, de 0,29 para 0,34 euros, em 2024 e de 0,30 para 0,31 euros, em 2025.
Os resultados foram bons mas a cotação tem dificuldade em descolar face aos constrangimentos do mercado. Face à solidez da empresa e sobretudo ao seu elevado dividendo, mantenha o título em carteira.