O lucro da Galp subiu 6% no primeiro trimestre, para 0,49 euros por ação. Sem efeitos não recorrentes, aumentou 35%, para 0,44 euros por ação, acima do previsto, graças ao bom desempenho dos negócios Upstream e Industrial & Midstream, apesar dos recuos da produção de petróleo e da margem de refinação.
Menos positiva foi a atividade Commercial, devido à quebra das vendas de produtos petrolíferos, e do segmento Renewables, devido às quedas da produção e do preço da eletricidade. No total, o EBITDA recorrente subiu 13%.
A descoberta de petróleo na Namíbia reforça as perspetivas de crescimento da Galp que, face ao elevado investimento em causa, poderá vender uma parte da posição de 80% que detém no projeto. Além disso, apesar da venda dos ativos de gás natural em Moçambique, por 600 ME, a aposta nas energias renováveis, embora se mantenha, deverá perder relevância nas prioridades do grupo, até porque as altas taxas de juro e o baixo preço da eletricidade inviabilizam a meta de atingir 4 GW de capacidade até 2025.
Subimos as previsões de lucros por ação, de 1,14 para 1,44 euros, em 2024 e de 1,19 para 1,32 euros, em 2025.
Conselho
Após a descoberta de ouro negro na Namíbia, a aposta nas renováveis deverá perder algum ímpeto, até porque a conjuntura do setor petrolífero é positiva, como mostram os bons resultados do trimestre. Pode manter.