A REN teve um lucro ligeiro de 0,01 euros por ação no primeiro trimestre, um valor um pouco abaixo do previsto e que representa uma queda de 71,1%. Em causa estão sobretudo dois fatores:
- a descida de 3,8% das receitas, devido à quebra da base de ativos regulados e das respetivas taxas de remuneração, o que teve um efeito negativo no EBITDA, que recuou 2,3%, afetado também por uma menor contribuição da atividade internacional (Chile) e apesar do bom controlo dos custos, que caíram 1,4%;
- a deterioração significativa do resultado financeiro, em virtude do aumento do custo médio da dívida de 2,4 para 2,8% e de diferenças de câmbio desfavoráveis.
A REN fixou novas metas estratégicas, reforçando o investimento, entre 2024 e 2027, para 1,5 a 1,7 mil ME, um aumento de 70% face à média de 2021 a 2023. Sem surpresas, a nível de resultados, agora prevê atingir 500 a 540 ME de EBITDA entre 2024 e 2027 e 105 a 120 ME de lucro líquido. A empresa anunciou que quer aumentar o dividendo bruto de 0,154 para 0,163 euros até 2027.
Baixámos ligeiramente a nossa previsão de lucros por ação para este ano, de 0,17 para 0,16 euros, mas mantemos a de 2025 nos 0,17 euros.
Apesar de a REN não ser uma empresa de crescimento, as novas metas estratégicas deram ânimo à cotação, que estava a ser penalizada por ter os resultados sob pressão. O nosso conselho é: Comprar.