A Jerónimo Martins (JM) teve lucros de 0,15 euros por ação no 1.º trimestre, uma queda de 30,7% face a igual período de 2023. Mas, o desempenho operacional foi bom, com o lucro líquido a ser afetado pelo aumento dos custos financeiros e sobretudo pela dotação inicial de 40 ME para a nova Fundação JM.
Excluindo items não recorrentes, o lucro manteve-se estável. Apesar da pressão sobre o preço dos bens alimentares, o volume de negócios subiu 18,6%, acima do previsto, graças à valorização do zloty e do peso colombiano, à antecipação da Páscoa face a 2023, à expansão do número de lojas e à estratégia de foco no preço, que resultou numa subida do volume de vendas. O EBITDA cresceu 13,9%, mas a margem diminuiu de 6,6 para 6,3%.
No resto do ano, a JM continuará a operar num clima de deflação alimentar e inflação dos custos (salários…), em especial na Polónia, o que pressionará as margens. Porém, a longo prazo, o reforço da sua expansão internacional (entrada na Rep. Checa, na Eslováquia no final do ano, eventual aquisição na Croácia) irá impulsionar o crescimento.
Baixámos as previsões de lucros por ação, de 1,18 para 1,13 euros, em 2024 e de 1,34 para 1,31 euros, em 2025.
Conselho
Os resultados recorrentes do primeiro trimestre foram bons, mas o clima de pressão sobre as margens manter-se-á. A longo prazo, a expansão do grupo reforçará o seu crescimento. Pode manter.