Os CTT tiveram lucros de 0,05 euros por ação no primeiro trimestre, um valor um pouco abaixo do previsto e que equivale a uma queda de 54% face a igual período de 2023.
As receitas subiram 9%, graças ao Expresso e encomendas (+56,8%), ao Banco CTT (+6,3%) e ao Correio (+5,2%), que beneficiou do aumento dos preços e do tráfego suplementar gerado pelas eleições legislativas.
Ao invés, os Serviços financeiros caíram 80,8%, devido ao elevado nível de colocação de dívida pública no período homólogo. O “tombo” na subscrição destes produtos e a subida de custos com serviços em negócios em crescimento afetaram o lucro operacional recorrente (-34,2%).
Entretanto, o Supremo Tribunal isentou o Estado de pagar 23,5 ME aos CTT por compensações relativas à pandemia e à prorrogação do contrato de concessão em 2021. A decisão não é boa, mas não coloca em causa a solidez dos CTT.
Apesar do trimestre um pouco fraco, o crescimento do Expresso e Encomendas é encorajador e permanecerá o grande polo de crescimento futuro do grupo, que manteve as previsões para este ano.
Porém, descemos as previsões de lucros por ação, de 0,35 para 0,32 euros, em 2024 e de 0,37 para 0,36 euros, em 2025.
Os resultados trimestrais não entusiasmaram, mas o crescimento do Expresso e Encomendas, sobretudo em Espanha, é um bom sinal, deixando antever uma recuperação dos lucros. Mantenha.