Greenvolt: mudança de conselho

Faz sentido vender desde já a ação a um preço mínimo de 8,30 euros e não esperar pela OPA, que nunca terminará antes de julho.
Faz sentido vender desde já a ação a um preço mínimo de 8,30 euros e não esperar pela OPA, que nunca terminará antes de julho.
Após o perito independente nomeado pela CMVM ter fixado a contrapartida mínima na OPA à GreenVolt em 7,30 euros (um euro abaixo da oferta da americana KKR) e desta ter celebrado um contrato swap com o Mediabanca (no âmbito do qual este banco italiano começou a comprar ações da empresa, em bolsa, a um preço máximo de 8,30 euros (igual ao da OPA) e até um total de 19,9% do capital), a cotação do título já ajustou para o preço da oferta.
Assim, passou a fazer sentido vender desde já a ação a um preço mínimo de 8,30 euros e não esperar pela OPA, que nunca terminará antes de julho. Até porque dificilmente haverá uma revisão em alta do preço e a porque a intenção da KKR é retirar a GreenVolt de bolsa, tendo já garantido 74,14% do capital (acordo com 7 acionistas da GreenVolt mais as ações do Mediobanca).
Entretanto, a GreenVolt divulgou um lucro ligeiro de 0,008 euros por ação em 2023, um valor abaixo do previsto e que reflete o previsível aumento dos custos financeiros (subida da dívida e do seu custo, devido ao investimento em curso e aumento das taxas de juro) e também um desempenho operacional abaixo do esperado devido à subida dos custos e à queda dos preços da eletricidade.
A entrada da KKR reforça a capacidade de investimento da empresa, que prevê vender 500 MW de ativos este ano, em linha com a sua estratégia de enfoque na fase de desenvolvimento dos projetos, onde é gerado mais valor. Baixámos as previsões de lucros por ação, de 0,34 para 0,28 euros, em 2024 e de 0,53 para 0,45 euros, em 2025.
Como a cotação já atingiu o preço da OPA e sendo provável que a ação possa sair de bolsa, aconselhamos que venda desde já os seus títulos em bolsa a um preço mínimo de 8,30 euros.