O lucro da NOS ficou acima do previsto mas caiu 19,4% em 2023, para os 0,35 euros por ação, devido ao recuo dos resultados financeiros (aumento das taxas de juro) e sobretudo à mais-valia obtida em 2022 com a venda de torres de telecomunicações. Sem este último fator, o lucro subiu 30,7%, a beneficiar da melhoria (esperada) do desempenho operacional e da redução do imposto sobre o rendimento.
A nível operacional, as receitas aumentaram 5%, graças ao maior número de serviços subscritos de telecomunicações e à subida da venda de bilhetes de cinema (+28,7%).
Por sua vez, o EBITDA subiu 10,1%, a beneficiar ainda de um bom controlo dos custos e do menor nível de investimento.
Mas, a melhor notícia foi o aumento do dividendo de 0,278 para 0,35 euros por ação, a que equivale um rendimento líquido de 7,4%. O grupo deverá manter uma política de remuneração acionista atrativa no futuro, já que o grosso do investimento no 5G está feito, o que permitirá libertar mais liquidez. Em contrapartida, a entrada, em breve, da Digi no mercado nacional poderá criar alguma pressão sobre as margens.
Subimos ligeiramente as previsões de lucros por ação de 0,28 para 0,29 euros em 2024 e de 0,29 para 0,30 em 2025.
Conselho
A maturidade do mercado e a expectativa de maior concorrência condicionam o título, que beneficia de um elevado dividendo mas não tem um grande driver de crescimento. Pode manter.