Apesar de só divulgar resultados anuais a 12 de fevereiro, a Galp anunciou alguns dados sobre a sua atividade no quarto trimestre. A produção de petróleo caiu 2%, para os 126,4 mil barris por dia, devido à venda da atividade em Angola, que não foi compensada pelos crescimentos no Brasil e Moçambique. Mas, o dado mais relevante é a descida da margem de refinação (-54% em termos homólogos), um fator importante para os resultados e que caiu mais do que o esperado.
Já as vendas tiveram um comportamento díspar, com as de combustíveis e gás natural a caírem 4 e 21%, respetivamente, e as de eletricidade a crescerem 47%, fruto da aposta nas energias renováveis.
Entretanto, a empresa confirmou que os testes ao largo da costa da Namíbia demonstram a existência de petróleo em grandes quantidades. Falta agora avaliar a viabilidade económica desta descoberta que, a concretizar-se, exigirá investimentos significativos e demorará bastante tempo até chegar à fase de comercialização (não antes de 2030). Por agora, mantemos as estimativas de um lucro por ação de 1,25 euros em 2024 e de 1,34 em 2025.
Conselho
A correção do preço do petróleo face a 2022 e a descida da margem de refinação mostram que a conjuntura do setor já não é tão boa. Mas, a descoberta na Namíbia trouxe ânimo à cotação, que está correta. Pode manter.