Coca-Cola
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Depois dos fracos números da concorrente PepsiCo, a Coca-Cola tranquilizou com um aumento de 12% do volume de negócios no quarto trimestre de 2023. Foi melhor do que o esperado, graças ao dinamismo nas vendas internacionais (excluindo a América do Norte). No geral, apesar do aumento de preços, os volumes foram satisfatórios: +3% no trimestre (+2% em 2023). O lucro por ação subiu 8% para 2,48 dólares em 2023, graças a uma boa margem operacional (29,1%, +0,4%).
Para melhor compensar a relativa maturidade do mercado de refrigerantes, a Coca-Cola reorienta os pontos fortes (marketing digital, inovação), continuando a retirar do portefólio as marcas não estratégicas e a franchisar as pouco rentáveis atividades de engarrafamento. Financeiramente, a Coca-Cola mantém-se sólida, tanto em termos da liquidez gerada como da estrutura financeira (1,7x EBITDA). No entanto, para 2024, o grupo está prudente, prevendo um aumento entre 4% e 5% do lucro por ação e de 6% a 7% das vendas, o que aponta para lucros de 2,65 dólares por ação.
O aumento do dividendo pelo 61.º ano consecutivo tranquiliza os investidores. Trata-se de um trunfo interessante, mas não deve fazer esquecer o limitado potencial de crescimento dos lucros da Coca-Cola a longo prazo.
Nvidia
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Principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu o volume de negócios disparar 126% em 2023/24 (+265% no último trimestre). Modelos de inteligência artificial generativa como o ChatGPT exigem processadores ultra-poderosos, que só a Nvidia pode oferecer atualmente. Sendo a IA generativa uma grande vantagem estratégica, disparou a procura por parte dos gigantes como Microsoft, Alphabet, Amazon e Meta.
A janela de oportunidade da Nvidia deve durar mais alguns meses e permite cobrar preços exorbitantes (40 mil dólares por cada processador H100). O resultado: níveis astronómicos de rentabilidade. A margem bruta atingiu 74% em 2023/24 (59% há um ano) e a margem operacional subiu de 34% para 61%. É fácil entender como o lucro por ação quase quadruplicou para 12,05 dólares. Para o trimestre atual, a Nvidia espera que a receita aumente 234% e uma margem bruta de 77%. Revemos as nossas estimativas de lucro por ação: 21,5 dólares em 2024/25 (antes 19,2) e 26 dólares em 2025/26 (antes 22).
O surgimento da IA generativa fez disparar a procura dos processadores da Nvidia. Apesar da forte valorização, a ação é negociada em 31 vezes os lucros esperados em 2024/25 (contra uma média de 19 no mercado dos EUA). Um prémio justificado pela qualidade e o crescimento esperado dos lucros.
Walmart
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O maior grupo de distribuição do mundo registou um forte quarto trimestre com resultados do ano inteiro acima das expectativas da empresa e dos analistas. A receita do exercício anual subiu 6% e o lucro por ação (antes do recente split) ficou em 5,76 dólares (6,65 dólares excluindo itens não recorrentes).
Para o ano fiscal que termina em 31 de janeiro de 2025, a Walmart aponta para um crescimento entre 3 a 4% da receita e entre 4 a 6% do lucro operacional. O lucro por ação (após o split e excluindo itens pontuais) deve ficar entre 2,23 e 2,37 dólares (+0,8% a +7,1%), enquanto o dividendo 2024-25 será aumentado em 9,2%.
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