A Jerónimo Martins (JM) anunciou uma subida de 20,6% (em euros) das vendas preliminares em 2023, que atingiram um novo recorde de 30,6 mil ME. Este valor, que está em linha com as nossas previsões, beneficiou da contribuição positiva de todas as marcas do grupo, com destaque mais uma vez para a polaca Biedronka (+22,3%), responsável por 70% das vendas do grupo, e para a colombiana Ara (+37,7%), que continua em fase de forte expansão, após ter aumentado em 18% o número de lojas abertas (+197 em termos absolutos). Em Portugal, as vendas do Pingo Doce cresceram 7,9% e as do Recheio 15,1%, a beneficiar do aumento do turismo.
A era de elevada inflação implicou uma maior pressão sobre as margens mas acabou por ser positiva para os lucros devido ao forte crescimento das vendas. Com a descida da inflação é expectável um claro abrandamento do crescimento das vendas e do lucro, o que começou a acontecer já no quarto trimestre e motivou a correção da cotação bolsista.
Enquanto aguardamos os resultados de 2023 (no dia 6 de março), mantemos as previsões de lucros por ação de 1,24 euros em 2024 e de 1,39 em 2025.
Conselho
A redução da inflação já se refletiu numa menor subida das vendas no quarto trimestre e assim deverá continuar em 2024. Mas, as perspetivas de crescimento permanecem sólidas, até porque está em aberto a expansão para novos mercados. Pode manter.