Os CTT registaram lucros de 0,25 euros por ação nos primeiros nove meses do ano, um aumento de 25,5% face a igual período de 2022, que está em linha com o previsto.
A melhoria do desempenho operacional justifica esta subida, com as receitas totais a crescerem 7,9% e o lucro de exploração a progredir 32,7%, apesar do grupo ter suportado alguns custos não recorrentes (suspensões de contratos de trabalho e imparidade para antiga sede). O Correio continua a sentir dificuldades com a redução do tráfego e a crescente digitalização da economia, mas foi bem compensado por todos os outros negócios (Expresso e Encomendas, Banco CTT e Serviços financeiros), que cresceram acima de 20% e melhoraram a rentabilidade.
O abrandamento económico e, em menor escala, a menor atratividade dos produtos de aforro de dívida pública (já sentida no terceiro trimestre) colocam pressão sobre os lucros a curto prazo mas as perspetivas mantêm-se positivas, com o Expresso e Encomendas a dar sinais positivos, em especial após a reestruturação feita em Espanha, e o Banco CTT a estar bem encaminhado para atingir os objetivos de crescimento até 2025.
Mantemos as previsões de lucros por ação de 0,34 euros em 2023 e de 0,33 em 2024.
Conselho
A diversificação dos negócios dos CTT é uma boa estratégia e continua a suportar o crescimento e os resultados do grupo, que permanece sólido financeiramente. Pode manter.