A Sonae acumulou lucros de 0,07 euros por ação até setembro, uma descida (esperada) de 36% face a igual período de 2022.
Apesar do volume de negócios ter crescido 10%, beneficiando do contexto inflacionista, o aumento dos custos financeiros (taxas de juro mais altas) e a subida dos impostos e das amortizações, devido ao investimento na expansão da rede de lojas e digitalização dos negócios, penalizou o lucro.
Ainda assim, o EBITDA subiu 7%, estimulado pela MC (retalho) e pela Sonae Sierra (imobiliário).
O NAV (valor líquido dos ativos) subiu 4% no terceiro trimestre, para 4,4 mil ME, mais do dobro da capitalização bolsista, o que mostra a atratividade do título.
A Sonae anunciou ainda a criação de uma nova unidade de negócio, a Sparkfood, dedicada à alimentação saudável, que já investiu 110 milhões de euros nos últimos dois anos na aquisição de participações em cinco empresas e startups europeias.
É mais um polo de crescimento futuro, para além das apostas nas áreas da tecnologia, financeira e saúde e beleza.
Mantemos as previsões de lucros por ação de 0,16 euros em 2023, que beneficiarão de uma elevada mais-valia com a venda da ISRG (retalho desportivo) no quarto trimestre, e de 0,12 euros em 2024.
Conselho
A Sonae continua dinâmica na gestão do seu portfólio de negócios e mantém a dívida bem controlada.
A MC continuará a suportar os resultados, apesar da conjuntura menos favorável. Pode comprar.