A REN teve uma subida do lucro de 18,2% nos primeiros nove meses do ano, para 0,15 euros por ação, ainda assim, um valor um pouco abaixo do que prevíamos.
A nível operacional, o volume de negócios cresceu 13,7%, a beneficiar do aumento das taxas de remuneração dos ativos, que estão indexadas às taxas de juro da dívida soberana. O EBITDA aumentou 9,6%, a beneficiar também do maior contributo da atividade internacional no Chile.
A penalizar os lucros, esteve a subida do custo médio da dívida de 1,7% para 2,4%, que fez piorar o resultado financeiro em 37,6%, e o aumento dos impostos.
A REN anunciou que irá pagar até ao final do ano um dividendo intercalar, embora não tenha divulgado o seu valor.
A ligação à rede elétrica de novos projetos de energias renováveis e outros projetos ligados à transição energética, como o transporte de hidrogénio verde, darão algum estímulo à atividade, mas não o suficiente para alterar o perfil de baixo crescimento do título. Em contrapartida, a sua atividade é estável e gera dinheiro, o que permite pagar um bom dividendo.
Baixámos um pouco a previsão de lucros por ação de 0,20 para 0,19 euros em 2023, mas mantemos os 0,19 euros em 2024.
A estabilidade e o baixo risco da sua atividade a par da distribuição de bons dividendos continuam a ser atributos que justificam a presença do título numa carteira de ações. Compre.