Os lucros da GreenVolt caíram 64,7% nos primeiros nove meses do ano, para 0,04 euros por ação. Na base desta queda está a degradação (expectável) dos resultados financeiros, devido à subida da dívida e do seu custo médio, e as perdas relativas a atividades descontinuadas. As receitas subiram 45,9% mas o EBITDA caiu 3,3%, afetado pelo menor preço da eletricidade no Reino Unido no segmento biomassa face a 2022. Em contrapartida, o grupo beneficiou do crescimento dos segmentos utility scale (energia renovável de larga escala) e geração distribuída e da venda de 53 MW de ativos na Polónia.
A GreenVolt está numa fase de elevado investimento, com carteiras de projetos de 7700 MW em 15 geografias, pelo que, apesar de 71% da dívida ser de taxa fixa, a estabilização das taxas de juro é positiva. O grupo assenta a sua estratégia na fase de desenvolvimento dos projetos, onde acrescenta mais valor, pelo que pretende vender 200 MW de ativos utility scale em 2023 e 500 em 2024, o que impulsionará os resultados. Por fim, o grupo tem feito pequenas aquisições para acelerar o seu crescimento e na geração distribuída irá focar-se só no segmento empresarial.
Mantemos as previsões de lucros por ação de 0,14 euros em 2023 e de 0,34 em 2024.
Conselho
A estabilização das taxas de juro e a venda de ativos, pilar fundamental da estratégia da GreenVolt, ajudarão à recuperação dos resultados. A longo prazo, as perspetivas são positivas. Comprar.