A Sonae obteve lucros de 0,04 euros por ação no primeiro semestre, menos 41,6% face a igual período de 2022, mas em linha com o previsto.
Em causa está o aumento dos juros suportados (subida das taxas), dos impostos e amortizações (expansão da rede de lojas) e as mais-valias obtidas com a venda de ativos que foram realizadas no ano passado.
O volume de negócios subiu 11,6%, graças sobretudo ao retalho alimentar (+13,1%) e de eletrónica (Worten: +6,9%). O EBITDA cresceu 9,5%, com a margem em queda ligeira.
O NAV (valor líquido dos ativos) subiu 6,7% no semestre, para 4,2 mil ME, devido aos ajustes no portefólio e ao bom desempenho dos negócios de retalho.
O abrandamento económico pressionará um pouco os negócios, mas a Sonae prossegue a sua estratégia de gestão ativa do portefólio, à procura de oportunidades para investir.
O grupo concretizou a saída do negócio de retalho desportivo, com a venda de 30% da dona da Sport Zone à britânica JD Sports, que gerou uma mais-valia de 168 ME.
Em contrapartida, tem feito aquisições na área tecnológica, através da Bright Pixel, e novas parcerias nas áreas financeira e de saúde e beleza.
Mantemos as previsões de lucros por ação de 0,16 euros em 2023 e 0,12 em 2024.
Conselho
Os resultados não trouxeram surpresas e nada de muito significativo se alterou. A Sonae é uma empresa sólida, dinâmica e bem gerida, que está barata.
Mantemos o conselho de compra.