A Jerónimo Martins (JM) acumulou lucros de 0,89 euros por ação até setembro, mais 33% face a igual período de 2022 e ligeiramente acima do previsto.
A nível operacional, o terceiro trimestre trouxe melhorias face ao semestre: o volume de negócios (VN) manteve o crescimento e a margem subiu um pouco, apesar de continuar abaixo da de 2022 (7,1% vs. 7,3%). Tudo somado, o VN cresceu 22% até setembro e o EBITDA aumentou 18%.
Por mercados, destaque para a Polónia (+24%), que continua a reforçar o peso no seio do grupo (gera 72% das vendas e 87% do EBITDA). Em Portugal, o Pingo doce cresceu quase 9%, apesar da redução do poder de compra das famílias, e a boa dinâmica do turismo estimulou as vendas do Recheio (+18%). Por fim, na Colômbia, as vendas da Ara progrediram 35%, a beneficiar da abertura de novas lojas.
A JM quer agora expandir a Biedronka da Polónia para a Eslováquia, prevendo abrir as primeiras lojas até ao final de 2024.
Subimos ligeiramente as estimativas de lucros por ação, de 1,17 para 1,19 euros, em 2023 e de 1,21 para 1,24 euros em 2024.
Conselho
Os resultados do terceiro trimestre foram bons e não refletiram o efeito negativo que se espera que a queda da inflação venha a ter no ritmo de crescimento das vendas e dos lucros. A expansão para novos mercados pode ser benéfica dada a boa solidez financeira do grupo e o seu histórico de sucesso. Manter.