Apesar de só apresentar os resultados trimestrais a 30 de outubro, a Galp já divulgou alguns indicadores sobre a sua atividade no terceiro trimestre.
O dado mais relevante é o forte aumento da margem de refinação para os 14,6 dólares por barril (+90% face ao período homólogo).
Por sua vez, a produção de petróleo recuou 1%, após a venda da atividade em Angola no início deste ano, embora tenha estabilizado no Brasil.
Já as vendas de combustíveis recuaram 8%.
A aposta estratégica na descarbonização, com vários investimentos previstos ou em curso na energia solar, eólica, hidrogénio verde, biocombustíveis, baterias para armazenar energia, é positiva.
A Galp quer ter uma capacidade instalada de energia renovável de 4 GW em 2025 e 12 GW em 2030, face aos atuais 1,4 GW.
Contudo, a curto/médio prazo, o petróleo continuará a ser o motor dos resultados e não será possível substituí-lo tão rapidamente quanto seria desejável.
A paragem longa da refinaria de Sines programada para o quarto trimestre implica custos, mas a subida da margem de refinação e o alto preço do petróleo deverão suportar os resultados.
Mantemos as previsões de lucros por ação de 1,27 euros em 2023 e de 1,20 em 2024.
Conselho
Apesar da aposta estratégica na transição energética ser correta, a Galp continua a beneficiar da boa conjuntura do setor petrolífero. Pode manter.