A GreenVolt teve prejuízos de 0,02 euros por ação no primeiro semestre, um valor um pouco pior do que prevíamos. A nível operacional, as receitas subiram 22,7%, com o crescimento dos negócios de energia renovável de larga escala (eólica e solar) e de geração distribuída (em fases iniciais de desenvolvimento) a compensar o decréscimo do preço da eletricidade no Reino Unido, verificado no segmento de biomassa (mais consolidado). Porém, dado o esforço de investimento, o EBITDA aumentou apenas 4,1%.
No plano financeiro, a subida das taxas de juro e da dívida, normal numa empresa em crescimento, e perdas cambiais non cash com a desvalorização do zloty polaco, agravaram muito os resultados.
A diversificação geográfica e tecnológica, a estratégia de rotação de ativos nos projetos de larga escala e a realização de aquisições são fatores que potenciam o crescimento do grupo a longo prazo e que reduzem o risco da atividade.
O potencial da GreenVolt ainda não está refletido nos resultados, o que é normal nesta fase.
Baixámos as previsões de lucros por ação de 0,19 para 0,14 euros, em 2023 e de 0,38 para 0,34, em 2024.
Conselho
A fase ainda embrionária da empresa e a conjuntura mais desafiante justificam os fracos resultados obtidos. Mas, a longo prazo, as perspetivas do setor são favoráveis e a empresa mantém uma estratégia adequada. Pode comprar.