A estratégia de internacionalização e foco em clientes de maior dimensão e reputação (Top Tier) está a dar frutos.
O volume de negócios da Novabase obtido fora de Portugal cresceu 33% e passou a valer 65% do total (antes 57,1%).
O segmento Next-Gen merece destaque, com um crescimento de 36% em termos internacionais e de 18% incluindo Portugal.
Já o número de clientes Top Tier passou de 19 para 21. Estes indicadores espelham um reforço da posição da empresa no mercado.
O 1º semestre ficou ainda marcado pela realização de uma Oferta Pública de Aquisição de ações próprias, com a compra de 11% do capital, e pelo pagamento de um dividendo de 0,42 euros por ação.
No seu conjunto, estas operações representaram uma saída de 28 ME, o que fez com que o Net cash caísse 56% de 39,49 ME para 17,41 ME.
Ainda assim, o valor mantém-se positivo, ou seja, a empresa continua a ter mais dinheiro disponível em caixa do que aquilo que deve.
Apesar do notável crescimento do volume de negócios (17%), o resultado líquido de 4,1 milhões de euros (0,16 euros por ação) aumentou apenas 4% em relação ao período homólogo.
Esta taxa de crescimento mais moderada deve-se sobretudo aos resultados financeiros, a menores resultados de operações descontinuadas e a impostos mais elevados.
Sem grandes surpresas vindas destes resultados, mantemos as previsões de lucros por ação nos 0,35 euros em 2023 e 0,42 euros em 2024.
Conselho
A recente redução de capital e distribuição de resultados, que levaram ao pagamento de um dividendo de 0,42 euros por ação, pode ser razão para alguma perda de interesse na Novabase.
No entanto, consideramos que há razões para manter o título em carteira. A Novabase mantém potencial de valorização não só aos nossos olhos, mas também do mercado.
Há dois motivos que nos levam a concluir isso: a fraca aceitação da OPA na qual a Novabase oferecia 4,85 euros por ação (11% face ao objetivo de 20%); e o price target médio divulgado pelos analistas de 5,75 euros.