A Oferta Pública de Aquisição (OPA), anunciada pela Novabase no passado mês de Fevereiro, tinha como objetivo a compra de até 20% do capital que a empresa ainda não controlava. O que envolveria um investimento de até 30,5 milhões de euros, ao preço de 4,85 euros por ação.
A operação teve um sucesso parcial com a Novabase a adquirir cerca de 3,6 milhões de ações. O que representa 11,33% do capital da empresa e um investimento de 17,3 milhões de euros. Com esta operação, a Novabase aumentou a sua participação para 17,91% do capital.
Após a conclusão da OPA, os dois principais acionistas, Pedro Carvalho e a HNB (controlada por José Ferreira de Sousa, Luís Paulo Salvado e Álvaro Ferreira), passaram a deter mais de metade dos direitos de voto da Novabase (52,51%). O que lhes atribui o dever de lançamento de uma OPA de aquisição das ações representativas do capital social da empresa.
No entanto, estes acionistas solicitaram a suspensão dessa obrigação comprometendo-se a reduzir as suas posições na Novabase. Após o término do acordo parassocial, Pedro Carvalho deterá 7,53% das ações e a holding HNB passará a controlar 41,08% do capital.
Em assembleia-geral, foi aprovado o pagamento de dividendos no valor total de 0,42 euros por ação. Isso engloba o pagamento de 2.784.284 euros (0,10 euros por ação) como distribuição de resultados e 8.909.710 euros (0,32 euros por ação) como distribuição de reservas livres. Geradas pela, também recém-aprovada, redução do capital social da empresa. O pagamento dos dividendos e a redução do capital ocorrerão no dia 23 de junho de 2023.
Com este pagamento, a Novabase cumpre a sua intenção, estabelecida no Strategy Update 2019+, de remunerar os acionistas com um total de 1,50 euros por ação no período de 2019 a 2023. Não havendo neste momento uma política de remuneração em vigor.