A guerra de preços lançada no início do ano pela Tesla continua a afetar as suas margens.
Como esperado, no segundo trimestre, as receitas (+47%) e as entregas (+83%) beneficiaram dos descontos, mas a aposta na dimensão e na quota de mercado foi realizada à custa da rentabilidade.
A margem operacional caiu para 9,6% face a 11,4% no primeiro trimestre e 14,6% há um ano. Recuo temporário ou estrutural?
Certo é que a concorrência cresce no mercado dos 100% elétricos, especialmente por parte das empresas chinesas.
Além disso, espera-se que a procura de automóveis abrande devido ao aumento do custo do crédito.
No entanto, enquanto outros construtores estão com dificuldades para tornar rentáveis as gamas elétricas, a Tesla gera lucros graças à automação avançada da sua produção (reduz custos) e o posicionamento no segmento mais alto do mercado.
Realce ainda, para a sólida tesouraria e a reduzida dívida que permitem resistir à guerra de preços sem deixar de investir na extensão da produção e em novos produtos (Cybertruck, Semi).
Conselho
Impulsionada pelo entusiasmo da IA, a cotação duplicou desde o início do ano.
Não questionamos a posição de liderança da Tesla, mas a cotação subiu em demasia e de forma muito rápida.
Alteramos o conselho: aproveite a valorização e venda.
Cotação à data da análise: 260,02 dólares americanos.