O lucro da Sonae desceu 38% no primeiro trimestre, para 0,01 euro por ação, em linha com o previsto, devido ao aumento dos juros suportados, a imparidades de ativos e à subida dos impostos.
A nível operacional, o volume de negócios (VN) cresceu 12%, graças á Sonae MC (+13,5%) e à Worten (+9%), e o EBITDA subiu 11%, apesar da margem ter caído um pouco. O NAV (valor líquido do portefólio) subiu para 4,1 mil ME no trimestre (+2,6%), devido a ajustes na carteira de ativos e à subida da NOS (detida a 37%).
O retalho alimentar continua a ter um peso elevado no grupo (quase 80% do VN) e, apesar de viver um período difícil de pressão sobre as margens, é um negócio resiliente aos ciclos económicos. Além disso, a Sonae continua a fazer uma gestão ativa do seu portfólio de negócios: fez aquisições na área tecnológica, uma nova parceria em Espanha, na saúde, bem-estar e beleza, e reforçou para 100% na Sonae Sierra (centros comerciais).
Em contrapartida, alienou os 50% na Iberian Sports Retail Group (retalho desportivo), com uma boa mais-valia, o que nos leva a subir as previsões de lucros por ação para 2023 de 0,11 para 0,16 euros. Para 2024, mantemos a estimativa de 0,12 euros.
A Sonae é uma empresa dinâmica e bem capitalizada, que está sempre à procura de boas oportunidades para ajustar o portefólio de negócios. A ação negoceia a níveis atrativos, compre.