A NOS registou uma descida de 15,1% dos lucros no primeiro trimestre, para 0,07 euros por ação, um valor em linha com o previsto. Em causa está o aumento das amortizações, devido ao investimento feito na rede 5G, e a degradação dos resultados financeiros, originada pela subida das taxas de juro que fez subir os custos de financiamento, e também por menores ganhos em empresas participadas.
A nível operacional, as receitas cresceram 2,2%, a beneficiar do maior número de serviços de telecomunicações subscritos, sobretudo no segmento móvel, e da subida das vendas de bilhetes de cinema. O EBITDA aumentou 8,8%, a beneficiar também do menor custo das mercadorias vendidas, já que o primeiro trimestre de 2022 tinha registado receitas de revenda B2B mais altas, mas com margens baixas.
A NOS já fez boa parte do investimento no 5G e, embora ainda não esteja a comercializar novos serviços, não se espera que daí advenha um crescimento muito elevado nos próximos tempos. A empresa tem boa solidez financeira e deverá continuar a pagar um dividendo atrativo. Mantemos as previsões de lucros por ação nos 0,27 euros em 2023 e 0,28 em 2024.
Conselho
A queda do lucro não foi uma surpresa e não coloca em causa a solidez e a qualidade da empresa. Apesar da recente correção em bolsa, o potencial de crescimento da atividade não é elevado. Limite-se a manter o título.