A Galp teve lucros de 0,44 euros por ação no primeiro trimestre (-0,02 euros no 1ºT de 2022), graças à subida da margem de refinação (4,8 para 14,3 dólares por barril), à queda das amortizações (venda de ativos em Angola) e a ganhos financeiros não recorrentes, que compensaram a queda da produção e do preço do ouro negro e do gás e o aumento dos impostos (taxas na Península Ibérica e no Brasil).
Sem fatores não recorrentes, o lucro foi de 0,31 euros por ação, mais 62%. Valores superiores ao que prevíamos, apesar do EBITDA recorrente ter recuado 1%.
A boa conjuntura do setor petrolífero tem estimulado os lucros, ajudando a reduzir a dívida, que continua bem controlada, e a financiar a aposta na descarbonização.
A Galp está a desinvestir em alguns ativos petrolíferos e de gás natural, exceto no Brasil, e a comprar ativos nas energias renováveis.
A recente parceria com a Total para concorrer aos leilões de energia eólica offshore que o Governo quer lançar nos próximos anos é mais um passo nesta estratégia de transição energética, que inclui ainda a aposta em novos negócios (hidrogénio, biocombustíveis…).
Subimos as nossas previsões de lucros por ação, de 1,09 para 1,24 euros, em 2023 e de 1,17 para 1,18, em 2024.
Os resultados beneficiaram de uma conjuntura favorável mas a transição energética implica investimentos significativos que a Galp já está a começar a implementar. Mantenha.