A NOS teve lucros de 0,44 euros por ação em 2022, mais 55,8% face a 2021, mas ligeiramente abaixo do que prevíamos devido a um montante de amortizações mais elevado. A estimular os resultados estiveram os ganhos com a venda de torres de telecomunicações, já que, sem este fator, o lucro caiu 4% devido ao investimento recorde na implementação da tecnologia 5G e na expansão das redes de fibra ótica.
Ainda assim, as receitas do grupo cresceram 6,3%, estimuladas pelo maior número de serviços subscritos nas telecomunicações (+4,6%) e pelo “fim” da pandemia, que fez disparar o número de bilhetes de cinema vendidos (+81%). O EBITDA subiu 5,4%. Contudo, a subida de 14,6% das amortizações, devido ao forte investimento efetuado, penalizou o lucro.
A nível financeiro, a maior contribuição das empresas associadas e joint-ventures permitiu melhorar os resultados em 60% e a dívida líquida subiu apenas 3,6%, com a NOS a manter a sua solidez financeira e uma boa remuneração acionista. O dividendo permanecerá nos 0,278 euros por ação, a que corresponde um rendimento líquido atrativo de 4,8%.
Baixámos ligeiramente as previsões de lucros por ação de 0,28 para 0,27 euros em 2023 e de 0,29 para 0,28 em 2024.
O nosso conselho
O esforço de investimento pressionou um pouco os resultados mas a NOS continua a ser uma empresa sólida, e com boa remuneração aos acionistas.
Cotação à data da análise: 4,214 euros