Estes resultados foram negativamente impactados pelo aumento dos custos operacionais em 5,7% para 168,5 ME. Devido ao ataque informático ao grupo, os custos com produção e energia e a cobertura da guerra na Ucrânia.
Em termos de receitas, o grupo totalizou 185,2 ME, menos 2,6% do que em 2021. Já o EBITDA foi de 16,8 ME, uma redução de 45,5% face aos 30,8 ME registados em 2021.
Após um primeiro semestre marcado pelo ataque informático que conduziu a prejuízos superiores a 2 ME nesse período, as perspetivas para os resultados do ano já não eram animadoras, mas, ainda assim, estes resultados ficaram aquém das expectativas do mercado.
Também há boas notícias, o objetivo de reduzir a dívida continua a ser bem-sucedido com uma redução de 31,4 ME (-22,6%) em 2022 para os 107,2 ME de dívida remunerada líquida. Além disso, a SIC manteve a liderança nos canais generalistas, alcançando uma média de 17,1% de share.
Como sempre, o setor televisivo foi o que mais contribuiu para as receitas do grupo, com um total de 159,9 ME. No entanto, e apesar da liderança nas audiências, este valor representa uma queda de 3,1% face ao ano anterior.
A Impresa comunicou que a meta para o final de 2025, é um crescimento de 15 a 20% de faturação acumulado no período (2022-2025). Um objetivo francamente ambicioso e que será bastante difícil de alcançar.
Consideramos que uma janela entre os 6 e 10% seria mais realista.
O nosso conselho
A cotação atual já tem em conta a má performance de 2022 (rentabilidade a 1 ano de -17,9%) e as expectativas são que os próximos anos tragam resultados mais positivos.
Sobretudo porque a liderança da SIC parece estar segura. Esperamos 0,03 euros de lucro por ação em 2023 e 0,036 em 2024. Mantenha em carteira.