O lucro dos CTT caiu 5,2% em 2022, para 0,26 euros por ação, um valor abaixo do previsto devido a alguns custos de reestruturação não recorrentes (saída antecipada da antiga sede, suspensões de contratos de trabalho…).
No total do ano, as receitas cresceram 6,9%, com todas as áreas em alta, em especial o Banco CTT (+27,4%), graças ao aumento da carteira de crédito e da margem financeira, e os Serviços Financeiros (+24,2%), devido à maior subscrição de certificados de aforro.
No Correio (+3,7%), a progressão do negócio de soluções empresariais, com a integração da NewSpring Services, compensou a contínua queda do tráfego (-5,8%).
Por fim, no Expresso e Encomendas, o crescimento de 1,3% foi fraco, apesar de 2021 ter beneficiado do efeito pandemia.
O lucro operacional recorrente só cresceu 4,4%, pois os custos tiveram uma subida expressiva de 6,5%, em parte devido à inflação.
Para 2023, os CTT esperam uma subida de 10% do lucro operacional recorrente, em linha com as expectativas.
O aumento de 4,2% do dividendo, para os 0,125 euros brutos por ação, também é um pouco inferior ao que esperávamos.
Mantemos as previsões de lucros por ação de 0,28 euros em 2023 e de 0,32 em 2024.
Conselho
Os resultados dos CTT têm evidenciado alguns avanços e recuos, mas a estratégia de diversificação da atividade do grupo é adequada e irá potenciar o seu crescimento futuro.
Cotação à data da análise: 3,385 euros.