A Galp irá divulgar resultados anuais a 13 de fevereiro, mas já anunciou alguns dados sobre a sua atividade no quarto trimestre. Realce para a subida homóloga de 4% da produção de petróleo, para 115,3 mil barris por dia, e sobretudo para a boa recuperação da margem de refinação, que passou de 5,6 dólares por barril há um ano para 13,5 dólares no último trimestre de 2022. Ao invés, as vendas de produtos petrolíferos desceram ligeiramente (-1%), e as de gás natural e de eletricidade recuaram 5% e 16%, respetivamente, devido às temperaturas mais amenas.
Na área das energias renováveis, a capacidade instalada fixou-se nos 1,4 GW, mais 89% face há um ano, pelo que a produção de eletricidade aumentou 95%.
A empresa anunciou ainda que registará nas contas de 2022 uma imparidade de 100 milhões de euros devido a problemas na rede de retalho, e uma provisão de 60 milhões de euros relativa ao fecho da refinaria de Matosinhos. São custos que diminuirão os lucros de 2022 mas que não têm impacto no cash-flow e na dívida, que terá baixado para 1,6 mil milhões de euros (2,1 no final do 3º trimestre).
Por agora, mantemos as previsões de lucros por ação de 1,17 euros em 2023 e de 1,09 euros em 2024 (sem efeito stock).
O nosso conselho
A Galp continua a beneficiar da conjuntura favorável do setor. Mas, o grande desafio será a sua adaptação à transição energética, na qual já está a investir e a basear a sua estratégia futura.
Cotação à data da análise: 12,09 euros