A EDP aumentou em 3% a produção de eletricidade em 2022, graças ao aumento da geração renovável (eólica e solar) e térmica (gás), que compensou a seca que afetou a produção hídrica na Península Ibérica (PI: -38%). A capacidade instalada cresceu 1,6 GW em 2022, para 28 GW, estimulada pelo crescimento na energia solar e eólica, que continuará elevado em 2023 e nos anos seguintes, pois o grupo já tem em construção mais 4 GW em 15 países.
No negócio da comercialização, o volume de eletricidade vendido subiu 6% na PI, fruto do crescimento nas empresas em Espanha, mas o de gás diminuiu 15%.
A EDP anunciou ainda que irá registar uma imparidade de 130 milhões de euros nas contas de 2022 relativa a uma central no Brasil. Embora reduza o lucro de 2022, este é um valor não recorrente, que não tem efeito no cash-flow e na dívida do grupo.
A EDP continua a investir nas renováveis, com a energia solar a ser uma aposta cada vez maior, e a estratégia de rotação de ativos prossegue e ajuda a mitigar o impacto negativo da subida dos juros.
Enquanto esperamos pelos resultados de 2022, que serão conhecidos a 1 de março, mantemos as previsões de lucros de 0,25 euros por ação em 2023 e 0,27 em 2024.
O nosso conselho
Os dados operacionais de 2022 não trouxeram grandes surpresas. A EDP mantém a aposta na aceleração do crescimento nas renováveis, o que abre boas perspetivas e lhe dá visibilidade.
Cotação à data da análise: 4,65 euros