A NOS teve lucros de 0,37 euros por ação até setembro, mais 59,4% face a igual período de 2021.
Esta subida foi muito estimulada pelos ganhos registados com a venda de torres de telecomunicações, sem os quais o lucro subiu 7%, para 0,25 euros por ação, em linha com o previsto.
A nível operacional, as receitas subiram 7,5%, graças à retoma dos cinemas, mas também ao maior número de serviços de telecomunicações subscritos (+5,1%). O EBITDA subiu 4,7%, apesar da margem ter recuado de 45,7% para 44,5%, devido às pressões inflacionistas sobre os custos.
O investimento aumentou 17,5% devido ao programa de implementação do 5G que, todavia, já está perto do fim. Ainda assim, a dívida líquida estabilizou face ao final de 2021 e 57% é de taxa fixa, o que protege o grupo da subida de taxas.
A NOS mantém uma estrutura financeira sólida, que lhe permite ter uma atrativa política de remuneração acionista.
Apesar do bom desempenho da NOS e da sua posição competitiva, a maturidade do mercado nacional e a entrada de novos operadores limitam o seu crescimento.
Mantemos as previsões de lucros por ação de 0,28 euros em 2023 e de 0,29 em 2024.
Conselho
Mesmo excluindo a venda das torres, os resultados da NOS foram bons. O elevado dividendo continua a ser um grande atrativo do título que, apesar de não ter um potencial de valorização muito alto, mostra estabilidade e solidez.