A Sonae, conglomerado com negócios no retalho (alimentar, que é a principal atividade, e não-alimentar), mas também no imobiliário, serviços financeiros, comunicações eletrónicas e tecnologias de informação, teve lucros de 0,11 euros por ação até setembro, mais 32,6% face a 2021 e um pouco acima das previsões.
A nível operacional, o volume de negócios (VN) subiu 10,4%, com todas as áreas a contribuírem positivamente, mas o EBITDA cresceu menos (+3,4%), devido ao aumento dos custos, sobretudo com energia e transportes, e à migração dos consumidores para produtos de gama e preço mais baixos, o que pressionou as margens, em especial no 3.º trimestre. Ainda assim, o EBITDA do retalho alimentar (78% do VN) aumentou 15,6%.
A nível financeiro, o resultado melhorou 15,6% e a estrutura financeira permanece sólida, apesar do aumento da dívida líquida devido ao investimento efetuado.
Face aos resultados obtidos e às mais-valias previstas para o 4.º trimestre, com a venda da Maxive (tecnologias de informação) e de 50% da MDS (seguros), subimos a estimativa de lucros por ação para 2022 de 0,13 para 0,17 euros. Para 2023, mantemos a previsão de 0,11 euros.
O nosso conselho
Perante uma conjuntura mais desafiante, os resultados foram bons e o grupo reforçou a quota de mercado em alguns negócios. Aproveite a correção para investir nesta ação de qualidade.
Cotação à data da análise: 0,94 euros