A EDP Renováveis (EDPR) teve lucros de 0,43 euros por ação até setembro, mais 181% face a igual período de 2021, mas em linha com o esperado.
A impulsionar os resultados estiveram três fatores que compensaram o agravamento de 58% do resultado financeiro, na sequência do aumento da dívida líquida e do seu custo médio e de variações cambiais negativas. O primeiro foi o aumento de 10% da capacidade instalada, para 14,3 GW, e de 14% da produção renovável, graças à aposta na aceleração do crescimento. O segundo foi a subida de 29% do preço médio de venda de energia. Por fim, a venda de ativos gerou mais-valias que estimularam os lucros. Assim, as receitas cresceram 46% e o EBITDA subiu 62%.
O fomento do uso de energias limpas é benéfico para o crescimento da EDPR, que reforçou o investimento sob a liderança de Miguel Stilwell de Andrade, e beneficia de uma elevada diversificação geográfica.
Ao invés, apesar da adequada estratégia de rotação de ativos, a dívida subiu muito (+89%) numa altura de aumento das taxas de juro. Mas, por agora, como os preços da energia também estão em alta, os resultados têm sido positivos.
Mantemos as previsões de lucros por ação de 0,62 euros em 2022 e de 0,64 em 2023.
Os resultados foram bons e as perspetivas de crescimento mantêm-se favoráveis, sendo apenas ofuscadas a curto prazo pela subida das taxas de juro.
Cotação à data da análise: 21,37 euros
