Os lucros da EDP subiram 1% até setembro, para 0,13 euros por ação, mas ficaram acima das expectativas devido a maiores ganhos com a venda de ativos.
Em Portugal, registou prejuízos devido à seca extrema, que reduziu muito a produção hídrica, e aos elevados preços da eletricidade no mercado grossista ibérico, que contraíram as margens.
Em contrapartida, a EDP beneficiou dos bons resultados das energias renováveis na Europa e das redes de eletricidade no Brasil. O EBITDA recorrente cresceu 21%.
A nível financeiro, o aumento da dívida, devido à aceleração do investimento e à apreciação do real e do dólar, e do seu custo médio, penalizou os resultados.
Ao adicionar 2,7 GW de capacidade no último ano (+7%), o grupo já tem 26 GW instalados, dos quais 79% são renováveis. A EDP está no bom caminho para atingir a meta de 20 GW de nova capacidade entre 2021 e 2025.
A entrada na Ásia Pacífico no início de 2022 e a compra da alemã Kronos (energia solar) irão ajudar nesse objetivo. Subimos as previsões de lucros por ação de 0,20 para 0,22 euros em 2022 e de 0,23 para 0,25 em 2023.
Conselho
A aposta na aceleração do crescimento refletiu-se também num aumento da dívida, numa altura de subida das taxas de juro.
Porém, reforça o posicionamento global do grupo nas energias renováveis, um setor com elevado potencial de crescimento.
Cotação à data da análise: 4,39 euros