Os CTT tiveram lucros de 0,20 euros por ação até setembro, uma subida de 7,6% face a igual período de 2021, que superou um pouco o previsto e que reflete a queda do IRC e a melhoria de 11,6% do resultado financeiro.
A nível operacional, realçamos a subida de 8,1% das receitas, com todas as áreas a contribuírem positivamente, apesar da subida modesta no Expresso e Encomendas (+1,4%), principal aposta de crescimento futuro.
Mas, como os custos subiram 9,2%, o lucro operacional recuou 5,4%. Por atividades, o Correio, apesar da queda do tráfego (-3,9%), beneficiou da integração da NewSpring Services, o Banco CTT do crescimento da margem financeira e das carteiras de crédito auto e ao consumo, e os Serviços Financeiros da maior subscrição de títulos da dívida pública.
Entretanto, o Banco CTT anunciou uma parceria estratégica com a Generali para a distribuição exclusiva dos seus seguros. A seguradora irá deter uma posição de 8,71% no capital do banco CTT via subscrição de um aumento de capital. A solidez financeira do banco é reforçada e as receitas crescem. Subimos a previsão de lucros por ação de 0,25 para 0,28 euros em 2022 e mantemos a de 2023 nos 0,28.
Conselho
Sem deslumbrar, o resultado dos CTT foi positivo. A degradação da conjuntura económica poderá ter algum efeito na atividade, mas a diversificação de negócios, aproveitando sinergias ao nível da rede de distribuição, é correta.
Cotação à data da análise: 3,26 euros